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terça-feira, 10 de agosto de 2010

A política, o homem e a sociedade



Como disse Aristóteles (séc. IV a.C): “O Homem é naturalmente um animal político”. Basta vislumbrar o mundo atual para chegar à conclusão que definitivamente o homem nasceu para fazer política. Há política em praticamente todos os lugares: na escola, no trabalho e até mesmo em casa.

A retórica é uma importante ferramenta para a política, consiste basicamente em manipular idéias e tentar persuadir o público, um jogo de verdades e mentiras. É necessária a prática constante dessa arte para fazer política. Um bom discurso se baseia unicamente em convencer as pessoas de que a sua verdade é a que prevalece. A política torna o homem um ser altamente sociável, tanto que não poderia nem pensar em viver fora dela.

Acredito que nem sempre tenha sido assim. Alguns filósofos da antiguidade defendem a existência de um estado anterior à constituição do estado civil chamado de “Estado Natural”. Teoricamente os homens eram seres absolutamente livres e a partir de uma necessidade firmaram um acordo mutuo que lhes garantiu segurança e apoio em troca da abstenção de uma parte de sua liberdade. Assim nasce a sociedade, com todas as suas leis e como ministrador, o órgão máximo: O Estado.

Com a vida em sociedade os homens passaram a fazer política, inicialmente a política propriamente dita nasceu na Grécia, ou melhor, nas cidades-estados ou Polis. Sob o contexto de questionar e debater os mitos gregos e a crença de que eles representavam a verdade. Os cidadãos gregos (geralmente homens maiores de 21 anos devidamente integrados sob as premissas de um sufrágio restrito) se reuniam nas Ágoras (praça pública) exercendo debates para tentar solucionar problemas relevantes aos mesmos e práticas pertinentes de convencimento.

Com o tempo o termo “política” ganhou um significado mais restrito. Nos regimes democráticos, a ciência política é a atividade dos cidadãos que se ocupam dos assuntos públicos com seu voto ou com sua militância. Mas política tem um significado muito mais amplo, todo dia fazemos política, em qualquer ação em que tenhamos que usar a prática da retórica e subseqüentemente da persuasão. Nessa época de eleições é importante saber que se somos todos políticos e mestres na arte da argumentação, não devemos nos iludir com promessas falsas e autoritárias, sabemos governar o país e por tanto iremos escolher um representante e não um ditador.

Clóvis Guerim Vieira


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